Pseudo-humanidade
Ontem a tarde escureceu
Já não há mais dia
Tudo é treva e solidão
Trago apenas a lembrança
Da nossa inútil paixão.
E se agente fosse o tempo,imagina o que seria da humana
Existência?
As verdades incontestáveis
Não se enganam,nem são verdades
São apenas o desejo de que tudo
Seja verdadeiro e incontestável.
Não sejas burra,meu engano amor
A pobreza do mundo não culpa nossa,
Mas,a morte daquele belo pássaro é.
O desejo,a vontade e necessidade,são
Só palavras sem sentido nenhum.
Vamos ser o dia,a noite,a tarde e as frias madrugadas,
Vamos ser o amor e todo ódio que houver,
Vamos ser os que não são e não têm humanidades,
Ainda que reste a essência.
Vamos pensar,não,todo pensar é tolo
Como uma criança que tudo sabe sem nada saber,
Filosofar,quem sabe,se não fosse tão aristotélica a nossa vida,
Talvez pensaríamos e filosofássemos.
Vamos tomar do bondoso diabo
O paraiso infernal,fundar uma nova civilização
com pecados e sem verdades
Religiosas.
Vamos clamar aos céus,que nos absorva
Das atrocidades que fizemos com toda elegância,
Mas,não sabiamos do pecado original, o vigário nunca nos disse.
Vamos corromper todos os homens,mas,não entraremos na política,
Política e amor não combinam e somos tão inertes.
CÉU,INFERNO,DEUS,DIABO,HOMEM,HUMANIDADE,
AMOR,nada disso nos interessa,mas,somos tudo
Isso,o que fazer?