Armadilha
Deixa esse jeito premente
de chuva e água corrente
chegando assim de repente
no vento que a gente nem sente...
Deixa cobrir-se de noite
no cheiro de mato
gemido de bicho
rondando o telhado...
Deixa esse brilho nos olhos
assustando as estrelas
roubando das luas
o azul nas areias...
Deixa assim que serpenteia
entre fios e teias
na trama e na trilha
que na vida sou presa
da própria armadilha...