Olhos no céu
Arrasto olhos
No céu que veste vida
Vivo a voar em vida
Tendo asas nos olhos
Num bater sem farfalhar
Tenho nesse ofício a chance
De chegar perto do céu
E laçar estrelas indomáveis
Que me arrastam por seus rastros
Que me guiam pelas frestas do eterno decifrar
Mas
Para que decifrar o brilho?
Se ele já é todo mistério
De cada estrela
Para que tornar sem graça a surpresa?
Se é ela que nos desafia
Se é ela que nos inspira
A compor sobre a beleza
Para que sermos precisos?
Se a imprecião do caos
É que ordena as leis
Que comanda tudo isso
Para que tornar fácil?
Se o difícil é o que nos testa
E sensibiliza-nos a ver brilho