O Mendigo do Amor
O Mendigo do amor
Era uma vez um senhor,
De grande sabedoria,
E entendimento esmerado,
Tinha um fino trato com as palavras,
E uma educação agigantada,
Vivia nos corredores da vida,
Na vida de mendicância,
Sofria como ninguém,
Porque a ninguém tinha,
Carregava em seu peito uma dor,
Que teimava em machucar,
Era como uma brasa que ardia,
E não cessava o seu sofrimento,
Tinha na alma uma luz,
Tinha espírito altivo,
E a alegria não o deixava,
Em suas andanças de pedinte,
Dizia sempre que comida e bebida,
Todos partilhavam,
Mas amor e carinho,
Parecia que ninguém tinha pra dar.
O Poeta da Solidão