QUANTO SOFRIMENTO!...
Daqui deste penhasco
Debruço sobre minhas angustias
Vejo minhas penas!..
Quero saber de meus direitos
Impostas são as obrigações!...
Ao redor tanta escuridão!...
Vejo lá embaixo
O mar batendo nas rochas
O mundo se contorcendo!...
Em uma vala comunitária
Destroços de relacionamentos...
Dor e desespero!...
Gente sem rumo
Pedidos de seu próprio eu!...
Descrentes de tudo..
Sonhos arrastados nas enxurradas
Ilusões mortas...
Uma solidão generalizada!...
Desencontros...
Cada um em seu próprio mundo!...
Amargura!...
Desejos insatisfeitos...
Lamento!...
Desesperança...
No desejo ardente de ser amado
O homem esqueceu de amar...
Que condição é essa que domina?
Escraviza vontades!
Cegando a consciência...
Quisera deitar sobre o esquecimento,
fazer de conta que todo é alegria...
Santo André
SP-BR
19.05.2005