Mar de Incertezas
Estou a mercê da fúria dos mares
Navegando em ondas revoltas e frias,
Meu barco são ilusões fugazes
Que trepidam a cada instante de nostalgia.
Delírios suntuosos provocam tempestades,
Relâmpagos acariciam o espaço deserto;
Na imensidão onde trovões são realidades,
Constantemente adormeço e desperto.
No redemoinho das águas salgadas
Jogo esperanças ainda vivas ao relento,
São sensações impuras e precipitadas
Causadoras implacáveis de todos os meus tormentos.
Meus sentimentos afogados se agitam
Onde náufragos hasteiam a bandeira da paz;
São devaneios insalubres que se glorificam
Dentre as incertezas de fortes vendavais.
Por momentos advêm períodos de calmaria
Em que o brilho do Sol no horizonte se acentua;
As águas trépidas repousam na claridade do dia
Ceifando meus infortúnios à sombra cálida da Lua !