AUTOBIOGRAFIA POÉTICA

Nasci em Sampa

Como chamou Caetano

Nasci de um parto forçado

Vim ao mundo na marra, puxado

No dia vinte e seis

Outubro é o mês

O ano de sessenta e dois

O resto irei contando no depois

Cresci na grande cidade

Sendo completa minha escolaridade

Morei fora algumas vezes

Mas daqui tive saudade

Sempre a vida de leituras

Devorava textos, livro ou brochura

Fome constante de aprender

Assim passou meu tempo de crescer

Aos vinte e cinco

Em terno bem cortado e passado no vinco

Caso-me sem polpa, mas com toda circunstancia

Incluindo aliança

A união dos dois não perdura

Mas dela nasce a mais linda e fantástica doçura

Minha filha adorada

Assume o posto de minha estrela de vida

Tenho outros amores

De diversas intensidades e ardores

Infinitos e findos por ser assim

De todas boas lembranças e poucos rancores

Fui produtor em cinema

Bancário tentei por apenas semana

Em redação de propaganda fui bacana

Fiz revistas, filmes, ganhei grana

Mas um dia, nada mais que isto

Virei à mesa da vida, sem nenhum juízo

Sem pensar na perda deste fato

Mudei a vida em um só ato.

Por razões do universo e do carma

Encontrei meu mestre primeiro

Que me iniciou em meu caminho

Que colocou minha vida no dharma.

Hoje sou mago, um mestre a aprendiz

Vivo a vida na dimensão do fantástico

Mas com boas lembranças do que fiz

Por tal, escrever me mantêm sempre feliz

Seja em prosa ou em poesia

Em crônica, artigo, verso ou biografia

Minha vida eu conto com alegria

Para trocar com quem ler meu jeito de fazer.

Vivo como mago

Defino-me como buscador

Vêem-me como guru

Mas apenas da vida sou autor.

Guilherme Azambuja
Enviado por Guilherme Azambuja em 02/09/2009
Código do texto: T1788447
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