Vida
Veja! Observe aquele corpo...
Tomado pela gangrena
Eis divina cena
Que num mísero mundo
Vem a surgir
Que a primeira pedra
Seja Açoitada
Por um doente
Cego e demente
Sempre certo
E nunca errou
Atire a primeira pedra
Quebre o espelho
Destrua tua imagem...
Sinta o sangue fluir
Por seu corpo inteiro
Túneis e artérias
Em que o verme irá seguir
Imóvel, estático
Nada mais sente
Urubus sobrevoam
O podre indigente
Morreu como culpado
De viver inocente...