Vida de Cárcere...

Vida de Cárcere

Assim vejo minha vida, quatro paredes,

que nem eco ressoa.

O sol entra por uma pequena fresta onde

um dia já foi uma janela.

Tudo é sempre escuro que me perco

entre as noites e os dias.

As horas sei que passam, mais não me

pertencem mais.

Poder sorrir para mim já não faz sentido.

Amar, lembro que um dia amei.

Mas não aqui.

Meus sentimentos se congelaram e se

transformaram em dores constantes.

Falar, deixei a muito tempo.

E hoje rabisco as paredes deixando para

outros registrado todo o meu sofrimento

que aqui vivi.

Nada aprendi, nem cresci.

Me sucumbi, em prantos e desilusões.

Eu morri.

(Armando)