O vento

O vento, venta,

e leva o ar a ser leveza,

que paira sobre a mesa,

do altar da escuridão,

e da clareza do coração,

e das lembranças do único, e do jamais, do passado,

para todo o sempre capaz.

o vento move as montanhas,

e as montanhas se compadecem,

de todo ar em movimento,

o ar que é poema, prosa e poesia,

O ar que é energia, o ar que é arte.

O ar que move vidas,

muito me comove,

muito me consome e me renova.

Vejo em ti meu espelho,

vejo em ti uma força.

E sigo nesta luta de não,

apenas respirar, mas sim de sugá-lo.

O vento é inspiração,

o tempo move os momentos.

O sol brilha entre o ar,

assim continua a vida a iluminar.

As nuvens se encolhem e trazem águas,

as nuvens levam sonhos em seu banhar.

e assim as vejo passar...

...passar risonho, sem dentes,

e em mim passam sonhos ardentes,

passar,

sonhar,

cantar.

Vivo assim livre e sorridente,

vivo solte pelo ar e como o vento,

vento que me leva por entre florestas,

nesta onde se esconde meus desejos,

onde sei que se esconde aquela que o vento vai me trazer, e

flores me levam até a você.

Sigo tudo, toda e a toa,

vivo num mundo imundo.

sinto-me capaz de capacitar, todo essa capacidade,

de simplismente superar,

os artifícos da idade.

As árvores me escutam,

o vento vem e me diz.

Que é para seguir em frente,

pois ele me mostrará oque é ser feliz.

Eu sei que um dia, o vento irá ventar,

de uma forma que irei me modificar.

Ele me trará alguém na hora certa,

e juntos voltaremos a nossa selva.

26/11/1998

Fernando Lobos
Enviado por Fernando Lobos em 01/09/2009
Reeditado em 01/09/2009
Código do texto: T1785823
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