RENEGO
Coração algemado na clausura,
despeço a esperança combalida
de um amor sem sentido, sem cura...
Cerro o olhar escuso da vida,
afasto a realidade impura,
busco-me em ilusões esmaecidas,
devaneios em sã loucura
vão tecendo o raiar da beleza.
Fujo das dúbias incertezas,
renego a confiança traída
nas ruínas da minha fortaleza.
2007