RENEGO
 
Coração algemado na clausura,
despeço a esperança combalida
de um amor sem sentido, sem cura...
 
Cerro o olhar escuso da vida,
afasto a realidade impura,
busco-me em ilusões esmaecidas,
devaneios em sã loucura
vão tecendo o raiar da beleza.
 
Fujo das dúbias incertezas,
renego a confiança traída
nas ruínas da minha fortaleza.
 
 
2007
 
Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 31/08/2009
Reeditado em 29/10/2009
Código do texto: T1784254