Confinamento
Esforços em vão...
Descrédito na criatividade jovem.
Tentativas atiradas ao vazio.
Tropeços, atropelos, quedas e barreiras !
Uma força invisível capaz de neutralizar,
Os intentos de um ser de harmonia e luz.
Castelos construídos e... desmoronados
Pela incompreensão dos “poderosos” insensíveis.
A cada pedra colocada, duas retiradas !
E... o trabalhador se cansa.
Busca preencher a desilusão,
Praticando atos inerentes à sua natureza
Mas, contrários à sua formação.
Abraça a dor alheia na ilusão ingênua,
De demonstrar o Amor em potencial contido,
No coração esmagado pela amargura de estar só !
Ah, ser infeliz ! Apanha e não aprende...
Compreende até mesmo que o seu caminho,
Foi traçado de forma tão sinuosa e difícil.
Aprendeu que aqui está para sofrer,
As decepções de um mundo egoísta, invejoso e traidor,
Pois somente assim se amadurece...
Ouve o grito de seu ego, clamando... PARE !
No entanto, a continuidade é inevitável.
Que solução existirá para alguém tão corroído ?
Fugir ? Vegetar ? Congelar os sentimentos ?
Não ! Automatizar os seus atos e palavras,
Exilar-se em seu próprio espírito,
Confinar-se na sua Alma, apaixonada pela PAZ ?
Por Alexandre Boechat.