Café das Manhãs

Erigimos um semblante amorfo nas manhãs,

Primas voláteis.

As gotas de café à tona vão, despencando,

Calefatoras, retráteis.

Estrelejamos os jambus e os tamarindeiros,

Onívoros, querófobos.

As batracas alojadas sequer a laborar um tomo,

Otimismos réprobos.

Quando nossa mente fita o fruto a colher,

Realizamos nosso desejo de perder.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 19/06/2006
Código do texto: T178299
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