Perpétuo
Perpétuo
I
O poder não é Perpétuo,
Perpétuo é o medo da Morte
E a crueldade imutável do Desejo
Diante as profanas formas de Delírio
Entre os olhos diáfanos dos mortais.
A Vida está escrita no livro do Destino
Que percorre os labirintos da existência
Entre a alma dos homens e das eras
Com seus versos tortos e cegos,
Sonhando estilhaços desesperados
De espelhos sem reflexo ou pupila
Isento da consciência da Destruição
Que desvirtua e glorifica os homens;
Perpétuo é o Não-Saber.