Poesia ao amor

Destes-me o amor, mas eu a ele nada queria retribuir

Destes-me o saber, mas eu dele nada queria saber

Destes-me a sensibilidade, mas eu dela nada queria sentir

Destes-me a luz, mas na treva eu preferia viver

Ensinastes-me a verdade, mas eu dela nada queria aprender

Destes-me o poder da fala, mas eu dela nada queria dizer.

O tempo passava e eu nada queira ver, deixava

No ar a mocidade ao poucos se perder qual fumaça

Voando ao vento e demonstrando rebeldia, agora

Estou aqui para recomeçar na esperança de um

Novo dia poder viver

Nas estações que iniciar-se-ão há frio e calor

Há noite e há dia, há chuva e há sol, há amor no coração

Há luar e canção; há vida no ar, arte e poesia no peito

a vibrar e gente feliz no mundo a sonhar

A emoção invadiu meu peito que dum jeito ou de outro

Deixou-me saltitante, diferente do que eu era antes

Semeou a semente que no solo cansado vingou

Nasceu a flor do amor que para vida tanto sonhastes

Pulsou a beleza desta paixão e agora sou o ser

Que de modo ferrenho para o meu universo buscastes

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 19/06/2006
Reeditado em 19/06/2006
Código do texto: T178216
Classificação de conteúdo: seguro