Poesia ao amor
Destes-me o amor, mas eu a ele nada queria retribuir
Destes-me o saber, mas eu dele nada queria saber
Destes-me a sensibilidade, mas eu dela nada queria sentir
Destes-me a luz, mas na treva eu preferia viver
Ensinastes-me a verdade, mas eu dela nada queria aprender
Destes-me o poder da fala, mas eu dela nada queria dizer.
O tempo passava e eu nada queira ver, deixava
No ar a mocidade ao poucos se perder qual fumaça
Voando ao vento e demonstrando rebeldia, agora
Estou aqui para recomeçar na esperança de um
Novo dia poder viver
Nas estações que iniciar-se-ão há frio e calor
Há noite e há dia, há chuva e há sol, há amor no coração
Há luar e canção; há vida no ar, arte e poesia no peito
a vibrar e gente feliz no mundo a sonhar
A emoção invadiu meu peito que dum jeito ou de outro
Deixou-me saltitante, diferente do que eu era antes
Semeou a semente que no solo cansado vingou
Nasceu a flor do amor que para vida tanto sonhastes
Pulsou a beleza desta paixão e agora sou o ser
Que de modo ferrenho para o meu universo buscastes