IRA III

O silêncio de um instante

Perpetua a mortalidade inconstante

Sugere um ato débil, protestante

O eco do brandir já fora excitante

E esse ato sujo , beligerante

Tratava de artista praticante

Os que dele eram peça atuante.

Caía por terra, enxangüe

As carnes mais afoitas

Vertendo manancial de sangues

Se perguntam por que açoitas

Com lâminas de gangs?

Saberão que carnes são moitas

Que se perdem nos mangues.

E o silêncio tão insensível

Perpetuado em eco inaudível

Vai tornando impossível

Tornar um gesto qualquer plausível

E ao findar o possível

Tudo se revela perecível

De forma a mais horrível.