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Na metade do dia divido-me em duas
 
Uma que procura te encontrar
 
Outra que espera tua espera de voltar
 
Uma nasce para te ver chegar
 
Outra que chega para te ver nascer
 
Essa solidão ladra de tua presença
 
Me cega, me pega e me leva...
 
Tuas roupas vazias esvaziam minha vontade
 
E flores florindo querem saber
 
Do teu cheiro, do teu tocar
 
Que dizer, se não respiro, nem aspiro,
 
Se ficando em ti estou colada
 
À rocha, no mar,
 
Até que
 
um martelo
 
me tire
 
de lá