MAS, SÃO SEMPRE ASSIM

MAS, SÃO SEMPRES ASSIM

Mas, é sempre assim...

Como o rio cheio,

Minh´alma seca,

Meus delírios são explícitos

E minha cidade besta.

Mas, são sempre assim...

Tantas águas seguindo seu curso,

Minh´alma em suto,

Beira o óbvio e o absurdo,

Minha cidade, luto.

Mas, são sempre assim...

Como esse rio, fui eu.

Besta, galope, espora,

Mar, cais, aurora.

Mas, são sempre assim...

Rio corre, vai embora...

Minh´alma apavora...

Meus devaneios constantes, agora...

Mas, são sempre assim...

Rio,

Minh´alma,

Minha cidade.

Assim são...

Perdidos...

Vencidos...

Usados...

Explorados...

Mas, são sempre assim...

Severino Filho
Enviado por Severino Filho em 28/08/2009
Código do texto: T1780218
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