CANÇÃO DA NOVA MULHER
CANÇÃO DA NOVA MULHER
Lílian Maial
Grito-eco
Demolindo os medos
Canção que se alastra e enche o peito
Lágrima aventureira
Espada desembainhada sobre o destino.
Não há deuses
Ou homens,
Há as vozes
O clamor na garganta
A explosão.
Cacos
Laços
Passos
Pegadas fundas
Olheiras do chão
De tanto andar na contra-mão,
Hoje sou canteiro
E floresço tronco
Atirando-me semente
De amor
Ao som da voz fértil
Do meu próprio (re)parto.
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