REPETIÇÃO DO VENTO
O vento que é forte
Quase me cega
Essa saudade que escorre
E me rega.
É tão forte e escraviza
Renega-me, dominante.
Artes e retratos sem rosto.
Mãos vazias, amargo gosto.
Regras sem ordens
Não resta nada o que ser cumprida.
Paginam rasgadas e amassadas
Outras palavras sem vida.
E o vento forte
É tão forte e escraviza
Regras sem ordem
Letras sem vida.