CREPÚSCULO
SONDA-ME TUA VORACIDADE
E GUERREIA-ME COM TAL DISSERNIMENTO
FLUTUANDO QUAL PÁSSARO DE FOGO
OBSERVANDO O LEITO INERTE DO RIO
CREMANDO TEUS IDÍLIOS
BUCOLISMO LASCIVO DO MAL
CREMANDO TUAS INJUSTIÇAS
NUM LUGAR INÓSPITO
O HOSPÍCIO
E LOUCOS VAGAM A SE FERIREM
COSPEM
ESCARRAM NA CARA SURRADA DA DOR
A DOR EM VIVER
EM EXISTIR
BROTANDO VERMES QUE SAEM DA ALMA
O FINGIDOR DE DESPEDIDAS
HEI-LO AQUI
PRONTO PARA MORRER
VOAR
SER ESQUECIDO
NUM LEITO MÓRBIDO DE UM RIO POLUÍDO
E VAMPIROS COMPRAM JORNAIS
QUEREM SABER DE QUANTO
TEM NA GELADEIRA DOS HOSPITAIS, SANGUE.