Inevitável solidão
Esther Ribeiro Gomes
Nascemos sós, morreremos sós...
Na juventude, vivi a solidão.
Mas foram apenas momentos,
às vezes, até necessários,
para escutar meu coração...
Essa fugaz solidão, eu buscava,
naquele refúgio em que me isolava,
a procurar respostas, a renovar a alma!
Momentos que me traziam paz,
onde encontrava a calma...
Agora, no entardecer da vida,
a solidão é madrasta, machuca demais...
Os filhos crescidos se foram,
em busca de outros rumos.
Disse o poeta sabiamente,
que eles pertencem ao mundo!
Restam-me as recordações,
com carinho, guardadas
e em mim impregnadas...
Apesar da inevitável solidão,
mantenho viva a chama da esperança...
Hoje, me acompanha a saudade,
mas ainda creio na felicidade!