Inevitável solidão

Esther Ribeiro Gomes

Nascemos sós, morreremos sós...

Na juventude, vivi a solidão.

Mas foram apenas momentos,

às vezes, até necessários,

para escutar meu coração...

Essa fugaz solidão, eu buscava,

naquele refúgio em que me isolava,

a procurar respostas, a renovar a alma!

Momentos que me traziam paz,

onde encontrava a calma...

Agora, no entardecer da vida,

a solidão é madrasta, machuca demais...

Os filhos crescidos se foram,

em busca de outros rumos.

Disse o poeta sabiamente,

que eles pertencem ao mundo!

Restam-me as recordações,

com carinho, guardadas

e em mim impregnadas...

Apesar da inevitável solidão,

mantenho viva a chama da esperança...

Hoje, me acompanha a saudade,

mas ainda creio na felicidade!

Esther Ribeiro Gomes
Enviado por Esther Ribeiro Gomes em 26/08/2009
Reeditado em 28/08/2009
Código do texto: T1776711