Bela Horta

fui com ela

tratar logo

de permissividades,

coisas assim,

que a vida tira

e põe,

tal qual um bromo.

qual!

assunto genérico

astuto,

ferino,

altamente

contagiante.

diria até:

coisas de nefirite!

dói de alma,

até no pé.

permissividade

não é com ela não;

seu negócio é

felicidade,

sem agressividade,

é amar de acordo

com a idade.

permissividade,

definitivamente,

não!

- se quer

permissividade

vai catar na rua

mulher sem juras,

talvez alguma

dê felicidade

de azurras!

disse a mãe

azucrinada

com esse

negócio

de permissividade.

eu? fiquei

penalizado,

mas queria

permissividade.

mas logo com minha

filha?

- seu tarado!

- não senhora -

disse eu -

só quero

um pouquinho

de permivissidade

pra acalmar

o que vem de baixo

prá cima,

sem penhoras!

e digo: é de

deixar vexadas

e

loucas as

senhoras

ameixadas !

seu tarado,

perverso!

disse a mãe,

vá procura a filha

da ursa,

mas com minha

filha não!

seu herege!

seu poeta...

poeta...

poeta sem verso!

de permisso,

passei à poeta

e não se fala

mais nisso:

entrou por uma

porta

e saiu

numa bela horta!

mas,

a permivissidade,

não esqueço

não!

José Kappel
Enviado por José Kappel em 18/06/2006
Código do texto: T177671
Classificação de conteúdo: seguro