Naquela Mesa


Quase todos os dias ali ele estava.
Cantava
mas não ria nem sentia alegria.
Pegava o seu violão sem
quase saber mais dedilhar
uma só canção de seu tempo.
Fugia da realidade nesse abrigo.
Alguém perguntava algo e
ignorava quase sem levantar
a cabeça como se quisesse
se destruir lentamente.
Naquela mesa passava dia
noite e entrava pela madrugada.
Palavras não lhe faltaram.
Mas cada um escolhe a sua vida.
Sendo assim, foi feliz fazendo
somente o que queria.  
Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 26/08/2009
Reeditado em 26/08/2009
Código do texto: T1776061