POETAS IMORTAIS

Quisera eu fazer poesias como Manuel,

Que penetram na alma, tragando o passado.

Me deixando de frente com quem não vejo.

Sorrindo, falando, andando feliz lado a lado.

Ah! não posso retratar os versos de Olavo,

que fazem mergulhar num suspiro aliviado,

delirar maravilhado com rimas e tais versos.

no bico de pena fino em papel amarelado.

Esses não vemos mais. esse lemos demais.

quanto realismo. quanta candura, quantos ais.

Fugindo, chegando, flutuando. Serviçais.

dos eternos leitores, Esses já não vemos mais.

Num pulo Catulo, me leva pro luar do, do sertão,

Castro alves, Duque estrada, e ele: o Gregório.

Todos abrigados nas estantes pedindo: leiam-nos.

somos imortais. pois nenhum de vós viu nosso velório.

Coelho, Julio cesar, casassanta, a esperar calmos,

Todos lúdicos, silenciosos, o saber de papel, lá,

Intimos do bibiotecário e das visitas que passeiam

querendo ainda pelas casas afora sair a passear

Pacomolina
Enviado por Pacomolina em 26/08/2009
Reeditado em 17/02/2010
Código do texto: T1775939
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