Mãos de poeta.

Eu pensei que eu era um poeta,

que minhas rimas eram tão somente minhas.

Imaginei que ninguém diria o que eu digo

e nem pensaria o penso. Tolices!

Percebo tardiamente que as palavras

que veem a minha mente

são apenas eco de tantos outros apaixonados

de uns tantos perdidos e de uns tantos encontrados!

Os versos que despem minha alma

são como tantos outros versos

dos que se acham aprisionados

e de amor como eu enlaçados

Os meus versos já não são poesia

são apenas a linguagem daqueles

que já viveram um grande amor

que se revoltaram com as mazelas da vida

com a falta de sorte e com a paixão

que impulsiona as mãos.

Os meus versos são apenas palavras

que só definem os que como eu

gostam de falar de amor

e concretizar nas palavras a dor,

e o encantamento que há

nessa ventura que é amar.

Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 26/08/2009
Reeditado em 26/08/2009
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