O Cartão
Lá vem a lua tremendo...
Pulando que nem saci;
— Não é lua, reverendo...
É o Cartão do Suplicy!
Deram início à eleição —
Lá no meio do salão!...
Co’ um danado d’um Cartão...
P’ra gozar da multidão!
Quando a vara da Esplanada,
Castigava a pátria amada...
‘Stava toda envenenada...
Numa triste luta armada.
Se o danado do Cartão,
Fosse mesmo a amplidão...
Não restava um só ladrão —
P’ra viver de mensalão!