TE PERDÔO.
Porque sempre te perdôo?
Será que sou meu próprio carrasco?
Abro a porta de meu coração
toda vez que te vejo voltando.
Será que me achas tão tolo assim?
As vezes nem sei por onde andas.
Somes quando acha conveniente
e fico sem sono rolando na cama.
Quando aparece, teu cheiro é outro.
Deitas a meus pés e implora perdão.
Mais uma vez o eu escravo te atende.
Preparo teu banho e sacio as vontades.
Porque não te mando embora de vez?
Esta paixão felina me arranha o peito
e acabo adiando prá outra hora, outro dia.
Sinto-me morrendo vagarosamente
enquanto vou vivendo ao teu lado.
Minha vontade?
Pensei em te matar!
Não sou capaz disto, prefiro morrer
a te ver fria, imóvel, sem graça.
Vai ingrata segue tua jornada noturna.
Eu me conformo com tudo isto,
mas prometa voltar prá mim,
se não eu arrumo outra siamesa
amarronzada e coloco em teu lugar.
Esta danada desta gata me faz uma raiva!