TE PERDÔO.

Porque sempre te perdôo?

Será que sou meu próprio carrasco?

Abro a porta de meu coração

toda vez que te vejo voltando.

Será que me achas tão tolo assim?

As vezes nem sei por onde andas.

Somes quando acha conveniente

e fico sem sono rolando na cama.

Quando aparece, teu cheiro é outro.

Deitas a meus pés e implora perdão.

Mais uma vez o eu escravo te atende.

Preparo teu banho e sacio as vontades.

Porque não te mando embora de vez?

Esta paixão felina me arranha o peito

e acabo adiando prá outra hora, outro dia.

Sinto-me morrendo vagarosamente

enquanto vou vivendo ao teu lado.

Minha vontade?

Pensei em te matar!

Não sou capaz disto, prefiro morrer

a te ver fria, imóvel, sem graça.

Vai ingrata segue tua jornada noturna.

Eu me conformo com tudo isto,

mas prometa voltar prá mim,

se não eu arrumo outra siamesa

amarronzada e coloco em teu lugar.

Esta danada desta gata me faz uma raiva!

Herivaldo Ataíde
Enviado por Herivaldo Ataíde em 26/08/2009
Código do texto: T1774800
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.