Esquecimento, A morte do Amor
ESQUECIMENTO, A MORTE DO AMOR
Tendo como castigo o amor,
E como consolo o desprezo,
Sentia-me culpado sem motivo,
E desejava a todo instante o esquecimento,
Lutava contra o meu coração,
Que não calculava tempo,
Nem fazia questão dos anos,
Não percebia o ridículo,
Amar alguém tão jovem,
Tão linda e tão soberba,
Nada podia almejar,
A não ser o sofrimento,
Nada podia esperar,
Além do esquecimento,
Tão difícil é apaixonar-se,
Mais difícil é destruir esta paixão,
Mas como o amor acontece,
O esquecimento é apenas uma conseqüência.
O Poeta da Solidão