20 DE OUTUBRO - DIA DO POETA
( DANIEL GASPARINI )
POESIA É PENSAMENTO
DO POETA, O SENTIMENTO,
TRADUÇÃO DA REALIDADE;
POESIA É TUDO AFETO
E O POETA VAI DIRETO
AOS CAPRICHOS DA VERDADE.
O POETA É PENSADOR,
TUDO NA TRILHA DO AMOR,
SEMPRE AO CAMINHO DO BEM;
SEU CORAÇÃO TÃO VIBRANTE
FA-LO PENSAR, TODO INSTANTE,
NA PAIXÃO QUE LHE ADVÉM.
NA DATA DAS SUAS POESIAS,
POR LUTA DOS DIAS E DIAS,
ELE RECEBE HOMENAGENS;
POIS QUE, MATUTANDO TANTO,
APRIMORA BEM O ENCANTO,
SEU CENÁRIO DE BAGAGENS.
1997 – CENTENÁRIO DO SEMINÁRIO DE PIRAPORA
( Daniel Gasparini )
Comemorando o seu brilhante centenárioEste nosso queridíssimo seminário
Traz-nos tantas e tão gratas recordações:
Lembrando a juventude que aqui passamos,
Com enorme saudade, sempre recordamos
Os tempos maviosos, totais emoções.
Velho casario, quanto valor já tiveste!
Fantástica imagem em que o pensar investe
Nos tempos graciosos aqui desfrutados;
Lembrança aprazível dos teus belos idos,
Vivência harmoniosa, ensejos vividos
Na estrada da vida, caminhos gloriados.
Cônegos premonstratenses, quanta lealdade;
De afagos benditos e de imensa bondade
Fazendo lembrar São Norberto em Pessoa;
Ternura e Carinho, o amor que, porquanto,
Evocaram a imagem do glorioso santo,
Misticismo exótico que a memória entoa.
Da pequena Bélgica vieram os primeiros
E nesta Pirapora eles foram pioneiros
Nas lides e ardores com grandes conquistas!
Lembrando Prémontré, a ORDEM fundada
Na França; seus pagos e a pátria prezada,
Guiando os rebanhos, seus seminaristas.
Hoje resta para nós muita saudade,
Porém compensada pela felicidade
De termos podido saciar-nos assim:
E já que o pensamento sustenta a imagem,
Prestamos aqui toda a nossa homenagem
À casa,aos cônegos, a tudo ... enfim ...
OS SEMINÁRIOS
( Daniel Gasparini )
Conheci a turma do Ibaté, fiquei encantado
E contentíssimo, mesmo, por ter sido convidado
À alcachofrada, no Terrazza Tomazini, em Salto;
Empolguei-me ao encontrar alguns de Pirapora,
Meu pensamento retrocedeu anos afora,
Realização singela de um evento em ressalto.
Sim, fui aluno do Seminário de Pirapora,
A lembrança dos tempos que na memória aflora
Fez desabrochar em mim uma grande felicidade;
Porém, não imaginava que viesse acontecer,
E fico inteiramente grato ao Mosca pelo prazer
Que propiciou seu convite, a minha oportunidade.
O convívio dos colegas a gente não esquece,
Sentimento forte que nos paira em forma de prece,
Revivendo nossos grados tempos de seminaristas;
Eficácia do ensino, lazer, mimos preciosos
Que nos conduziram por caminhos pedregosos
Mas fortaleceram as bases para as grandes conquistas
* Quando ainda menino, na faixa dos 10 aos 13 anos, eu freqüentava assiduamente a igreja da única paróquia da cidade onde residia (e resido), na cidade de Salto, interior de São Paulo, participando diariamente de missas, rezas, terços, vias-sacras, procissões e todos os movimentos religiosos. Sempre pretendendo atingir o máximo pelo intruso da idade, um dia pensei também atingir um dos postos máximos da igreja: Ser padre! Será?
Com a intermediação do pároco local, ingressei no Seminário de Pirapora aos 14 anos e, a essa altura, minha vocação “balançou” um pouco, mas concentrei-me no ideal e me firmei.
Eu era aluno aplicado, muito interessado em aprender tudo, porém, meus caprichos pendiam de modo tendencioso e exagerado aos conhecimentos da Geografia. Para mim, era a disciplina mais importante; sabia tudo de cor e salteado; relatava nominalmente todos os países da época, capital, localização, idioma, etc, além dos principais acidentes geográficos do planeta. Do Brasil, então ... imagine-se. Em contrapartida, eu era sofrível em Português, usava um linguajar inexpressivo ao estilo em que aprendera na infância na zona rural onde convivi até os 9 anos. Dos 10 aos 13, na cidade, religião total. Aos 14, seminário. Imagine-se o sarro e gozação dos colegas, mas eu me alegrava com tudo. Achava até engraçado.
Um dia, porém, eu fui chamado à ordem não sei por quem, que me advertiu:
“Você poderá ser o maior geógrafo do mundo, mas se não conhecer bem o Português e o Latim, de pouco adiantará. Por isso, mude seu comportamento estudantil”.
A partir daquele momento, eu senti a necessidade de uma transformação total e saí com tudo na Gramática! Em poucas semanas eu surpreendi a todos e a mim mesmo, inverti as posições e passei a encarar a língua-pátria como a coisa mais importante do estudo. E foi com muito gosto.
Resumindo: Ao final do ano eu obtive o primeiro lugar da turma em Português. Tornei-me extremamente apaixonado pela gramática sem abandonar a Geografia, que passou à segunda opção.
Deixando o seminário no ano seguinte, assumi todos os cursos possíveis e disponíveis de língua portuguesa para depois, já na maturidade e em condições normais, inclusive financeiras, aposentado e na disponibilidade de tempo, ingressar num Curso Superior de Letras e me diplomar naquilo que, anos atrás parecia sonho: SER PROFESSOR DE PORTUGUÊS!
Hoje agradeço a Deus e ao Seminário. Ali eu obtive a base e a BASE levou-me à PAIXÃO
Acesse:
www.encontrodepoetasemsalto.com
www.amigafmsalto.com
( DANIEL GASPARINI )
POESIA É PENSAMENTO
DO POETA, O SENTIMENTO,
TRADUÇÃO DA REALIDADE;
POESIA É TUDO AFETO
E O POETA VAI DIRETO
AOS CAPRICHOS DA VERDADE.
O POETA É PENSADOR,
TUDO NA TRILHA DO AMOR,
SEMPRE AO CAMINHO DO BEM;
SEU CORAÇÃO TÃO VIBRANTE
FA-LO PENSAR, TODO INSTANTE,
NA PAIXÃO QUE LHE ADVÉM.
NA DATA DAS SUAS POESIAS,
POR LUTA DOS DIAS E DIAS,
ELE RECEBE HOMENAGENS;
POIS QUE, MATUTANDO TANTO,
APRIMORA BEM O ENCANTO,
SEU CENÁRIO DE BAGAGENS.
1997 – CENTENÁRIO DO SEMINÁRIO DE PIRAPORA
( Daniel Gasparini )
Comemorando o seu brilhante centenário
Traz-nos tantas e tão gratas recordações:
Lembrando a juventude que aqui passamos,
Com enorme saudade, sempre recordamos
Os tempos maviosos, totais emoções.
Velho casario, quanto valor já tiveste!
Fantástica imagem em que o pensar investe
Nos tempos graciosos aqui desfrutados;
Lembrança aprazível dos teus belos idos,
Vivência harmoniosa, ensejos vividos
Na estrada da vida, caminhos gloriados.
Cônegos premonstratenses, quanta lealdade;
De afagos benditos e de imensa bondade
Fazendo lembrar São Norberto em Pessoa;
Ternura e Carinho, o amor que, porquanto,
Evocaram a imagem do glorioso santo,
Misticismo exótico que a memória entoa.
Da pequena Bélgica vieram os primeiros
E nesta Pirapora eles foram pioneiros
Nas lides e ardores com grandes conquistas!
Lembrando Prémontré, a ORDEM fundada
Na França; seus pagos e a pátria prezada,
Guiando os rebanhos, seus seminaristas.
Hoje resta para nós muita saudade,
Porém compensada pela felicidade
De termos podido saciar-nos assim:
E já que o pensamento sustenta a imagem,
Prestamos aqui toda a nossa homenagem
À casa,aos cônegos, a tudo ... enfim ...
OS SEMINÁRIOS
( Daniel Gasparini )
Conheci a turma do Ibaté, fiquei encantado
E contentíssimo, mesmo, por ter sido convidado
À alcachofrada, no Terrazza Tomazini, em Salto;
Empolguei-me ao encontrar alguns de Pirapora,
Meu pensamento retrocedeu anos afora,
Realização singela de um evento em ressalto.
Sim, fui aluno do Seminário de Pirapora,
A lembrança dos tempos que na memória aflora
Fez desabrochar em mim uma grande felicidade;
Porém, não imaginava que viesse acontecer,
E fico inteiramente grato ao Mosca pelo prazer
Que propiciou seu convite, a minha oportunidade.
O convívio dos colegas a gente não esquece,
Sentimento forte que nos paira em forma de prece,
Revivendo nossos grados tempos de seminaristas;
Eficácia do ensino, lazer, mimos preciosos
Que nos conduziram por caminhos pedregosos
Mas fortaleceram as bases para as grandes conquistas
* Quando ainda menino, na faixa dos 10 aos 13 anos, eu freqüentava assiduamente a igreja da única paróquia da cidade onde residia (e resido), na cidade de Salto, interior de São Paulo, participando diariamente de missas, rezas, terços, vias-sacras, procissões e todos os movimentos religiosos. Sempre pretendendo atingir o máximo pelo intruso da idade, um dia pensei também atingir um dos postos máximos da igreja: Ser padre! Será?
Com a intermediação do pároco local, ingressei no Seminário de Pirapora aos 14 anos e, a essa altura, minha vocação “balançou” um pouco, mas concentrei-me no ideal e me firmei.
Eu era aluno aplicado, muito interessado em aprender tudo, porém, meus caprichos pendiam de modo tendencioso e exagerado aos conhecimentos da Geografia. Para mim, era a disciplina mais importante; sabia tudo de cor e salteado; relatava nominalmente todos os países da época, capital, localização, idioma, etc, além dos principais acidentes geográficos do planeta. Do Brasil, então ... imagine-se. Em contrapartida, eu era sofrível em Português, usava um linguajar inexpressivo ao estilo em que aprendera na infância na zona rural onde convivi até os 9 anos. Dos 10 aos 13, na cidade, religião total. Aos 14, seminário. Imagine-se o sarro e gozação dos colegas, mas eu me alegrava com tudo. Achava até engraçado.
Um dia, porém, eu fui chamado à ordem não sei por quem, que me advertiu:
“Você poderá ser o maior geógrafo do mundo, mas se não conhecer bem o Português e o Latim, de pouco adiantará. Por isso, mude seu comportamento estudantil”.
A partir daquele momento, eu senti a necessidade de uma transformação total e saí com tudo na Gramática! Em poucas semanas eu surpreendi a todos e a mim mesmo, inverti as posições e passei a encarar a língua-pátria como a coisa mais importante do estudo. E foi com muito gosto.
Resumindo: Ao final do ano eu obtive o primeiro lugar da turma em Português. Tornei-me extremamente apaixonado pela gramática sem abandonar a Geografia, que passou à segunda opção.
Deixando o seminário no ano seguinte, assumi todos os cursos possíveis e disponíveis de língua portuguesa para depois, já na maturidade e em condições normais, inclusive financeiras, aposentado e na disponibilidade de tempo, ingressar num Curso Superior de Letras e me diplomar naquilo que, anos atrás parecia sonho: SER PROFESSOR DE PORTUGUÊS!
Hoje agradeço a Deus e ao Seminário. Ali eu obtive a base e a BASE levou-me à PAIXÃO
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