Ao ventilador, meu amigo mais chegado da madrugada...
Na frente da tela confusa e só
só a voz do ventilador, meu companheiro
ele sussura ao meu ouvido: durma!
Não, não consigo dormir!
Reviro-me na cama
queimando meu peito!
Nostálgicas lembranças
Sinto falta da presença dos amigos
Estou só!
Escondo-me...exponho-me na madrugada
Dá um nó!
Meu sorriso, custa muito ás vezes
a solidão me apavora
Sinto frio!
Quero chorar!
Penso em frustrações escondidas,
Lembro de emoções infindas,
Penso no meu carpe diem...
Penso em quem sou...
Sinto falta!
Sinto angústia!
Sinto-me só!
Quero ligar...é bem tarde!
Mandar uma mensagem?
Não há crédito
Pesam as lembranças...
Sentimental...
Droga!
Por favor, procuro algo para me expor!
Escancara-me em mim mesma
Fale de mim?
Saiba quem sou...
Preciso sentir!
Uma música?
Uma poesia?
Minha letra de papel
Ponho-me a “escrever-me”
Penso em um livro
Não sei por onde começar
Um pensamento...
Não, não...vou “viajar...”
Sinto falta
Do gozo,
Da erupção
Da eternidade aparente...
Da paixão...
Das ilusões...
do momento... do fulgás
...estou cansada!!!
São só letras no papel
As minhas letras de papel...não querem ser vãs!
...exausta... de quê?!
Sufocada... quero gritar!
Idéias vãs...
Eu sou louca...
Palavras soltas...
O meu cuidado...
Meus abraços bêbados
os mais honestos!
Sou eu de perto...
o meu carinho;
o meu desejo
Minha verdade...
o meu afeto...
Não sou um pássaro...
VOAR!!!!
Prisioneira?
Preciso me encontrar...
Um drink por favor!
Sem álcool...preciso parar...
Aos amores da minha vida...apego!
É fácil sentir-se feliz... com vocês!
Parece uno...
Não o de cartas!
Um fio de sono...de cansaço...
...Boa noite ventilador
acordo cedo...
assim que te fizerem parar de falar!
(Paty R.) 14/07/08