Trajeto...
Um meteóro em mim...
Estou em trajetória assim!
Meu pequeno mundo sem luz
Onde a cegueira do amor
Reproduz o hermo
Que só a solidão traduz.
Vício em perseguir complexidade
Tão mais fácil seria...
Amar o concreto
Abasteço-me porém, de súspiros pelo incerto...
Fascinada pelo abstrato...
Seria fácil demais para mim...
Não sei viver assim!
Sem especular as limitações
Sem dualidades entre o certo e o errado
Sem descobrir o além do horizonte
Sem mergulhar na fonte...
Das mazelas dos seres tantos...
Arremeso-me de contra as procelas
E me arrebento como as ondas sobre as rochas...
Prazer masoquista devo confessar...
Pelo imaginário... Meus sonhos pitam o cenário
E quando, finalmente
As imagens me chegam a retina
A aquarela esperada
Não me traz tons tão vivos...
Pastéis..., as cores fortes sempre banidas...
E me chegam sempre
Como um lampejo de dor
Oriundas de uma insegotável
Fonte de tristeza...
Minha vida, envolvida em outra vida...
Choro um lamento secular
Porém num pestanejar
Refaço o gesto...
Volto para o espaço
Saio da órbita
em colissão direta com o incerto...
Explossão de mil sóis... Só!