Trajeto...

Um meteóro em mim...

Estou em trajetória assim!

Meu pequeno mundo sem luz

Onde a cegueira do amor

Reproduz o hermo

Que só a solidão traduz.

Vício em perseguir complexidade

Tão mais fácil seria...

Amar o concreto

Abasteço-me porém, de súspiros pelo incerto...

Fascinada pelo abstrato...

Seria fácil demais para mim...

Não sei viver assim!

Sem especular as limitações

Sem dualidades entre o certo e o errado

Sem descobrir o além do horizonte

Sem mergulhar na fonte...

Das mazelas dos seres tantos...

Arremeso-me de contra as procelas

E me arrebento como as ondas sobre as rochas...

Prazer masoquista devo confessar...

Pelo imaginário... Meus sonhos pitam o cenário

E quando, finalmente

As imagens me chegam a retina

A aquarela esperada

Não me traz tons tão vivos...

Pastéis..., as cores fortes sempre banidas...

E me chegam sempre

Como um lampejo de dor

Oriundas de uma insegotável

Fonte de tristeza...

Minha vida, envolvida em outra vida...

Choro um lamento secular

Porém num pestanejar

Refaço o gesto...

Volto para o espaço

Saio da órbita

em colissão direta com o incerto...

Explossão de mil sóis... Só!

Observadora
Enviado por Observadora em 24/08/2009
Reeditado em 26/08/2009
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