DE COSTAS PARA O PASSADO
A outra que sou eu
Segue incólume
Indiferente
De costas para o passado
Caminhando pelo meio da rua
Sob a chuva
Na esperança
Do nascer do sol
E do vislumbre da razão
É a razão que me persegue
Mesmo na essência da poesia
Mesmo na dulcíssima nostalgia
Mesmo na interrogação da chuva
E na solidão do ser humano
Não quebro
Nem rasgo
O tijolo que me constrói
O tecido que me veste