Camões também soube o que era miséria e nos seus versos transparece a critica aos grandes males do mundo
Porque/ê
Amor não se vê sente-se no coração da gente
Que haverá nos olhos de uma criança com fome
Que não sabe o que é família, não tem casa,
Não brinca, mas já sabe do lado negro da degradação
Pede na rua rouba, prostitui-se por uma côdea
A cola é a sua alucinação
Porque/ê
É um velho maltratado e rejeitado.
Vive nos cantos mais degradados.
Já foi jovem e útil e amado.
Agora não presta, só dá trabalho.
Pela família foi escorraçado.
Porque/ê
Numa casa onde não há pão, nemhá razão
para perceberem o que é amor.
Falha o provimento, não há emprego.
Os filhos choram, que grande cena.
Perdem o chão, mas que castigo.
O senhorio acena, vão para a rua.
acaba a rua por ser abrigo
Ninguém olha, ninguém tem pena
Porque/ê
Num país em que a fome alastra.
Em que o distanciamento entre ricos e pobres
É fatalismo
Onde a desigualdade e a insensibilidade alastra
Só há desgraça
Os políticos falam, mas nada dizem.
Enchem a barriga
São as migalhas de quem precisa.
Sobem os impostos votam na guerra.
Porque/ê
O pobre vende o sangue
Vende o que tem.
Como são seus olhos, sua expressão.
Ao ver os filhos sem paz nem pão.
de um contentor fazem abrigo.
E a mulher na desmoralização
vendendo o corpo , a solução
Morrem pelos cantos da solidão.
Porque/ê
Vai a enterrar mais um indigente
Que impestam as ruas da indiferença
Vala comum é para gente
Encolhem os ombros
É menos um...
Porque/ê
Entra na cadeia mais um ladrão.
Dizem que matou .
É assassino, mas diz que não.
O crime é grave roubou um pão
Descansa em paz o desgraçado.
Pena de morte é a solução.
Já não há fome, não chora os filhos,
Qual foi a culpa , qual a razão?
Porque matou? porque roubou?
Ninguém responde, ninguém o ouve
O mundo é surdo e mudo quando lhe convem
Acaba assim a confusão.
De tta
09~08~22