Cárcere
®Lílian Maial
Urge a palavra perpétua
condenada à boca
solitária
engolida
qual bolo de espinhos
A língua lambe
sorve enjaulado grito
feito crime perfeito
violação dos sonhos
Os olhos cospem intenções
e não confessam
As mãos sacodem as grades
- grilhões de encardida esperança -
trancada às sete chaves
Num canto esquecido
o lacre, no peito, inflama
e escorre
corrosiva dor clandestina
a clamar justiça e alimento
que a fome não cala com o tempo
Ergue-se do cativeiro da inércia
a mão que ara a terra da mudança
Revolve o coágulo árido e seco
Pulveriza o suor
Aspergindo a força do homem
O futuro
Há que libertar o verbo
convolar os silêncios
e sentenciar a dor
A flor do cárcere desabrocha no poema
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®Lílian Maial
Urge a palavra perpétua
condenada à boca
solitária
engolida
qual bolo de espinhos
A língua lambe
sorve enjaulado grito
feito crime perfeito
violação dos sonhos
Os olhos cospem intenções
e não confessam
As mãos sacodem as grades
- grilhões de encardida esperança -
trancada às sete chaves
Num canto esquecido
o lacre, no peito, inflama
e escorre
corrosiva dor clandestina
a clamar justiça e alimento
que a fome não cala com o tempo
Ergue-se do cativeiro da inércia
a mão que ara a terra da mudança
Revolve o coágulo árido e seco
Pulveriza o suor
Aspergindo a força do homem
O futuro
Há que libertar o verbo
convolar os silêncios
e sentenciar a dor
A flor do cárcere desabrocha no poema
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