O
DA MISÉRIA
Num barraco lá no morro,
Juão rói um pedaço de pão,
ele é um menino que cuida,
de sua miséria e um irmão.
Sua mãe faz limpeza,
na cidade, numa mansão,
desce o morro di madruga
e se espreme no busão.
É mano tatuado
que faz cara de vilão,
e mina de shortinho
que só fala palavrão.
Sua mãe é evangélica
o peito cheio de amor
muito do pouco que ganha
vai pro cofre do pastor.
O pastor na televisão
se veste elegantemente,
tem quem fala mal dele
mas isso é gente descrente.
Juão espera sua mãe
que só volta no fim do dia,
na tv pequenininha,
vê sua vida vazia.
E enquanto o som do funk,
embala esse povo capacho,
políticos e pastores gargalham
e a miséria rola morro abaixo.
DA MISÉRIA
Num barraco lá no morro,
Juão rói um pedaço de pão,
ele é um menino que cuida,
de sua miséria e um irmão.
Sua mãe faz limpeza,
na cidade, numa mansão,
desce o morro di madruga
e se espreme no busão.
É mano tatuado
que faz cara de vilão,
e mina de shortinho
que só fala palavrão.
Sua mãe é evangélica
o peito cheio de amor
muito do pouco que ganha
vai pro cofre do pastor.
O pastor na televisão
se veste elegantemente,
tem quem fala mal dele
mas isso é gente descrente.
Juão espera sua mãe
que só volta no fim do dia,
na tv pequenininha,
vê sua vida vazia.
E enquanto o som do funk,
embala esse povo capacho,
políticos e pastores gargalham
e a miséria rola morro abaixo.