Dói-me a alma

Dói-me a alma, presenciar a mentira crua e fria,

Dos corações, enganar-te a quem, senão a ti mesmo.

Vangloria de honras que não são tuas, afirma teus pés no chão,

Cala-te diante da maledicência, apóia com tuas mãos a justiça de Deus.

Desarme-se, estatele as máscaras no chão, dobre os joelhos, chegou à hora de remissão.

O amor quebrantou o peito enfurecido, soltou as algemas, clareou a mente que vivia na escuridão.

escrito especialmente para a ciranda "Mentira"

17.06.2006

por Águida Hettwer