Mulher
Vai-te embora, mulher
Deixe a saudade aqui.
Pois me sinto feliz ao quadrado, sem ti
Com a infelicidade junto a meu peito
Vivo melhor, suplico por sorte
Vai-te mulher, vai-te,
Ao inferno de íris,
Meretrizes,
Sota, minha dama de jogar,
Sou subalterno ao visgo teu
Definho-me mesmo sem querer.
Afio-te o pelo de rabo teu
Sinta o real prazer de granjear por min,
Mulher insana, mulher.
Foi a vida quem lhe encontrou, parada ali,
Suja, fina, escrota,
Torce.
Tu,
Sem conhecer minha real tristeza
Conheceu meu verso,
Aleijo,
Feito por ti mesmo, mulher.
Vida minha saiba disso
Agora odeio a ti, vida.
Mundo seu, mundano eu sou.
Que troce mais derrota,
Verme, fundo e poço,
Desgosto de coração seu
Transforma meu peito em pedra,
Sim.
Vai-te mulher, vai-te.
Chora sangue como santa
Lagrima, feita de mentira.
Quero que apenas sinta,
Que meu coração não bate mais por ti,
Mulher.