Cisnes negros de narizinhos
em pé !!!

Hoje ela estava mais semelhante a um
ouriçinho,
e mais parecia que estava de narizinho
em pé,
como se a vida fosse apenas uma crítica
acerba,

e não houvesse mais nada importante
a dizer,
além de palavras que pudessem ser
como lanças,
para te ferir o coração de um modo
intencional.

Difícil entender que existam certas
palavras ferinas
que são utilizadas como se fossem
feitas de vazio,
desses escuros que só quem diz aguenta
até o fim.

Por que você ri ? Ah, eu rio das
palavras de carvão
essas que são tão negras que acabam
até risíveis,
talvez porque, em certas línguas,
caberia um sabão.

Mas a vida é como um outeiro...
subimos e descemos.
Somos sobe e desce constante de
nossas emoções,
que nem sempre andam encordoadas
em bom ajuste,

e assim passamos nossas vidas apenas questionando,
o porquê de certos atos serem pseudo importantes,
já que estão preenchidos apenas de
um vácuo insólito.

Não... agora você tem de ouvir, e não
se esconda aí,
dentro de teu próprio egoísmo que diz
ser ancestral,
porque eu nem estou mais acreditando
nessa novela,

que sou obrigado a assistir em todos
os passos teus.
Espirro forte agora...só porque
falava desses passos
que para mim não passam de
simples descompassos.

Mas se você pensa que tua vida
é a melhor do mundo,
não tenha dúvida, que até me
sentirei feliz que seja,
apesar de você saber que com o
teu fel não fará mel.

Melindrosa você que na noite
me culpou de abandono,
como se dizer um “preciso ir agora
” fosse uma razão
para pôr sobre mim a tua idéia de
ser posta para trás.

Não...as segundas intenções não
fazem parte de mim,
pois minhas atitudes não se
medem com termômetro,
mas com coração, que pode
avaliar
as ações todas.

Então...depois que amei esta
madrugada perfumada
meu peito está cheio apenas de
boas sensações,
e pronto para compreender esse
teu ar de desilusão,

que não me comove mais do que esta
chuva que cai,
como se fossem lágrimas derramadas
sem querer.
Esta sim...parece-me ser a noite
de todos os perdões,

porque se fosse um apenas, até seria compreensível,
mas não, nesta madrugada se
juntaram todas as queixas
que como flechas vinham zunindo
para me atormentar.

Oh...flechas não...nãooooooo.
Hum... cisnes negros de
narizinhos em pé !!!
Em cada pluma, bem escondida,
a cor do ciúme.

Ah...cisnes negros... no meu lago
vocês não vão mais nadar...

Naaaaaaão ?
Não, rsrsrs.


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Poesia que fiz em 22-08-09 às 02.30 h em SP.
Lua nova – tempo encoberto – 13 graus
Beijos e abraços para você...Bom domingo...
cseagull2@hotmail.com
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