Comparações Inevitáveis

COMPARAÇÕES INEVITÁVEIS

Qual fruta passada no cacho,

Aquelas que de maduras caíram,

E ao cair se despedaçaram,

Qual animal sarnento,

Que de sujo é enxotado,

E de tão pouco valor ninguém o quer,

Qual tapete velho,

Que depois de muito pisado,

E que o tempo já lhe surrou,

É juntado com desprezo,

E descartado com desdém,

Assim me senti com seu tratamento,

Tal foi o seu empenho em me desprezar,

E ocultar os seus reais sentimentos,

Não fosse bastante,

Revelaste uma face que eu não conhecia,

A face da falsidade e da dissimulação.

O Poeta da Solidão

O Poeta da Solidão
Enviado por O Poeta da Solidão em 23/08/2009
Código do texto: T1769240
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