"Navegar"
(Luiz Henrique)
Como ser marujo
Se do mar eu fujo
E nunca fiquei no mar?
Gostaria muito de navegar ...
Navegar no teu corpo
Me prostrar quase morto
Num oceano de sentidos
Há tempos não vividos
Apalpar com o olhar
Enxergar com as mãos
Inda sem rumo - remar
Em meio a maremotos vãos
Cheirar com a boca
Dança de língua louca
Pele arrepiada e tensa
O prazer por recompensa
Fazer que o orgasmo
Culmine em espasmo
Seja um rio caudaloso
Onde afogue gostoso
Buscando as estrelas
Em teus olhos vê-las
Em luzes flamejantes
Consagrando tê-las
Eternamente amantes ...
- poesia com registro de autoria
- Foto: Jose Canelas
- copiada da internet: www.olhares.com