SOU CRIANÇA
Ainda não sei
Quem realmente eu sou.
Nasci menina traquina,
Em meio à ventania
Numa manhã de julho.
O vento
Lambia a poeira dos caminhos,
Subia às colinas
E ouriçava a copa do arvoredo.
Por isso nasci sem medo!
Gosto-me assim!
As estradas foram-se esgueirando
À minha frente.
E eu as segui resoluta,
Firme, contente.
Hoje sou coragem!
Sozinha, carrego a bagagem.
Sei também ser ousada,
Atrevida, valente!
Ostento a rebeldia,
Mas faço poema
Nos veios da poesia.
Muitas vezes sou lágrimas
Nos braços do amor.
Sou ternura, esperança...
Por vezes, sou criança!
Acabo de descobrir
Quem sou eu!
Sou mesmo UMA CRIANÇA!