SOU CRIANÇA

Ainda não sei

Quem realmente eu sou.

Nasci menina traquina,

Em meio à ventania

Numa manhã de julho.

O vento

Lambia a poeira dos caminhos,

Subia às colinas

E ouriçava a copa do arvoredo.

Por isso nasci sem medo!

Gosto-me assim!

As estradas foram-se esgueirando

À minha frente.

E eu as segui resoluta,

Firme, contente.

Hoje sou coragem!

Sozinha, carrego a bagagem.

Sei também ser ousada,

Atrevida, valente!

Ostento a rebeldia,

Mas faço poema

Nos veios da poesia.

Muitas vezes sou lágrimas

Nos braços do amor.

Sou ternura, esperança...

Por vezes, sou criança!

Acabo de descobrir

Quem sou eu!

Sou mesmo UMA CRIANÇA!

Genaura Tormin
Enviado por Genaura Tormin em 22/08/2009
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