POEMA SUJO

A dor não tem rima, nessa língua há pressa

que fala desenfreadas palavras vil.

Tua boca que beijo os mesmos lábios.

Os mesmos dentes furiosos que sorriu

.

Garimpei com o que pude tirar de ti!

Tirar apenas um sentimento bem formado.

Nada que declaras hoje como sempre foi

Comido pelos erros e enganos repassados.

Passar sua vida para um papel mais limpo;

Seria talvez tirar do limbo, uma, duas ou tres

unidades de bactérias nitidamente fecais;

Pois não faria de ti o que jamais te apraz.

Não posso eu criar anticorpos junto ao fosso.

Prefiro-me sozinha , sendo eu o teu oposto.

E afugento-me disso, ou daquilo mais um dia.

Longe das imundícies vivo ao meu gosto.

Yve
Enviado por Yve em 22/08/2009
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