Arabella
(Um dia a gente acorda e não há nada mais lá
A sala está vazia e as vozes ecoam mais facilmente
É tão absurdo ainda ver e perceber as coisas assim
Havia tanto sentido nas palavras, nos olhos
De alguma forma eu tenho me vendido a mim mesmo
Parece que me acorrentei dentro de minha alma
Vou sangrando, chorando, temendo, suportando
Então vem um novo amanhecer, e não há nada mais...)
Arabella pára, frente ao "Grande Espelho". Haviam dois caminhos, apenas uma chance e todo o mundo à volta.
Um brilho diferente cintilou pelas paredes de vidro, e uma brisa suave passeava pela mente conturbada.
- Quem sou eu?
Não havendo resposta
- Sempre que me espio, sinto-me ultrajada, ferida. Não sou quem sonhei um dia ser.
O resto foi silêncio aquela noite.