No Jardim
Frente a meu velho jardim
Borboletas revoam em silêncio
Em movimentos sincrônicos
Que fortalecem o despertar
Reflexos em círculos a ser
Sem deixar que as incertezas
Não permaneçam aí
Recinto de sementes semens.
As flores não murcham
Muito menos fenecem
Renovam-se a cada dia nosso
Na estação do território d’alma
Em que lavramos termos
Daqui para a eternidade
Na germinação completa
Com aromas e universos.
Sentimos a ação dos anos
Construções de histórias
Contidas mesmo nas folhas
Verdes como auroras sonhadas
Arrebóis de ouro aquecidos
Pelos sons e nuances
De nossas vidas e réstias
Reservas coloridas de quereres.
Iára Pacini