Eclosão

No limiar da vida´

o sol ilumina o corpo intenso

e a infãncia é descoberta.

É conhecido o reino do espaço e do tempo.

Esperam, em silêncio, a memória e a paciência...

As trevas se fazem em luz

e pode se ver, de braços, o prazer e a dor.

A tristeza e a alegria dançam à luz do dia.

É a festa do caos, começo da tragédia,

o princípio e o fim no mesmo plano.

A poesia vê tudo,ainda calada,

não é chegada a sua hora...

Há que se separar, que se contar as horas,

traçar limites, estacar piquetes,

combinar encontros, dividir a terra

de paz e de gerra,de preto de branco,

de tudo, de nada,de vida, de morte,

de azar e de sorte e não foi por acaso

que, como por encanto,

no meio de tudo isso, eu nasci poeta.

carlinhos matogrosso
Enviado por carlinhos matogrosso em 22/08/2009
Reeditado em 23/10/2010
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