A Gregório de Matos
Em teu coração onde habita o amor
Refletido nos sonetos mais belos;
Em teu cantar com talento e mau humor
Que me arranca uns sorrisos amarelos;
No lírico me encanta o teu fulgor,
Tua paixão de príncipe sem castelo;
Na sátira trazes o espanto, o horror,
Palavras tenazes como martelos;
Em tudo isso (ao cortejar a dama
Ou quando expõe, tal como são, os fatos)
Tens a primeira e merecida fama.
Ó brasileiro dos versos exatos,
Que preza o bom e do torpe reclama!
Eu te saúdo, Gregório de Matos.