Versos em luz

(21/08/09)

Facho de luz que refrata,

Encontra um punhado de prata

Congela o instante passado

Pequeno ardil de memória

Registra o relance da história

Sem um início, também sem um fim

Talvez pedaços de almas

Prisioneiras do verde, do azul e carmim

Entes queridos, datas festivas

Sonhos em papel

Que o tempo modifica, amarela, dilacera

Que hoje, mesmo inerte

Comovem e fazem chorar

Deixados à posteridade

Resquícios de amor e saudade

Daquilo que nunca se foi, e ainda para sempre será

Tudo que um dia já foi,

Se foi,

Certamente jamais tornará