TROPEÇO

Tropeça constantemente,

cai desamparado no chão.

Corpo frouxo, dormente

que de exausto

declara rendição.

Inerte,

numa apatia insensata

afoga-se lentamente

emaranhado em mágoas,num nó

que não ata nem desata.

Nesse inevitável tombo

há uma mão que se estende

leva uma alma que não se rende

e um espírito ileso, sem rombo…

O coração amplifica

esse estender de mão

o corpo aos poucos trafica

reage, multiplica

ao poder da doação…

Dulce Gomes