Em tempo
“...se chega a um limite do qual não podes passar... serás infeliz; mas se o transpõe... talvez ainda sejas mais infeliz... embora no fim de tudo, tudo isso seja absurdo.” (Crime e Castigo – Dostoiévski)
(À simplicidade dos amores da vida)
E
era
tempo
de fechar
meus castelos,
escurecer minha
torre de enganos;
tentar erguer minha
choupana com as sobras
dos cacos
dos meus
próprios
danos!
E
era
tempo
No assombro,
à sombra desse
riacho simples sereno,
que agora rega os escombros,
de armar meu recanto entre flores,
fugindo
de amores
afáveis
insanos!